terça-feira, 30 de junho de 2009

O Maior Mal do Homem - Hermes Trismegistus


Livro: O Divino Pymander
Autor: Hermes Trismegistus
Capítulo: Oitavo
Título:´´O Maior Mal do Homem é não Conhecer Deus``
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1.Para onde sois levados, ó Homens, embriagados com o forte Vinho da Ignorância, cuja visão não podeis tolerar?Por que não o expelis novamente pela boca?
2.Levantai e ficai sóbrios, e olhai novamente para cima com os olhos de vossos corações; e se nem todos puderem fazê-lo, que, pelo menos, o maior número o faça.
3.Pois a malignidade da Ignorância cerca toda a Terra e corrompe a Alma, trancando-a no Corpo e não permitindo que ela alcance o Céu da Salvação.
4.Não sejais carregados com a forte correnteza, mas enfrentai a maré; vós que podeis agarrar o Céu da segurança, segui todo o caminho até ele.
5.Procurai alguém que possa levar-vos pela mão e que vos conduza á porta da Verdade e do Conhecimento, onde a Luz clara é livre da Escuridão; onde não há ninguém embriagado, mas todos estão sóbrios e em seus corações olham para ele, cujo prazer é ser visto.
6.Pois ele não pode ser ouvido com os ouvidos, nem visto com os olhos, nem expresso em palavras; mas apenas na mente e no coração.
7.Mas, antes, tu deves rasgar e se livrar das vestes que usas; a teia da Ignorância, a fundação de todo o Mal; a amarra da Corrupção; o Abrigo escuro; a Morte viva; a Carcaça sensível, carregada em nós; o Ladrão doméstico que, naquilo em que nos ama, nos odeia e inveja.
8.Essa é a vestimenta perniciosa, com a qual tu estás vestido, que te arrasta e carrega para baixo por ela mesma; para que não olhes para cima e vejas a beleza da Verdade e o Bem que nele repousa.Tu deves odiar a malignidade desta vestimenta, e entender as armadilhase emboscadas que ela armou para ti.
9.Portanto, ela trabalha para fazer boas as coisas que parecem e são dos Sentidos; julgadas e determinadas; e as coisas que são verdadeiras, ela esconde, e envolve em tal matéria, preenchendo aquilo que apresenta para ti, com prazer odioso, de modo que tu não podes ouvir a quem deverias ouvir, nem ver o que deverias ver.
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Fim do oitavo livro